segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Como um treinador impõe a sua autoridade numa equipa de futebol

O treinador funciona como o embaixador da equipa e é sobre os seus ombros que, frequentemente, recaem queixas e protestos bem como louvores e honrarias. De que forma consegue o treinador impor a sua autoridade, não só aos jogadores como também aos dirigentes e demais técnicos? Como consegue ser ouvido e respeitado no balneário? Vamos descobrir já de seguida:

O treinador tem que ser um bom comunicador

Para se fazer entender e respeitar no seu balneário o treinador tem que ser um comunicador por excelência. Atenção que ser um “comunicador por excelência” não é significado de ser um fala-barato vendedor de banha da cobra, nada disso! Um bom treinador motiva, encoraja e exorta a sua equipa até aos limites.

Conseguir tirar o máximo de cada jogador

Os jogadores ouvem e acatam as instruções do treinador que é capaz de lhes chegar à alma e que faz deles os melhores jogadores que podem ser. Uma equipa que é orientada para vencer é uma equipa dirigida com mão forte e persistente que exige tanto quanto dá e que compensa o trabalho exigido com os bons resultados obtidos. Os jogadores de futebol são atletas de alta competição e gostam de dar o seu melhor em campo. O treinador que seja capaz de engrandecer todos os jogadores aos seus próprios olhos será um treinador querido, respeitado e estimado.

Os dirigentes apreciam bons resultados e dedicação

Para obter o apreço dos seus dirigentes é isso mesmo que o treinador terá que lhes oferecer, bons resultados dentro de campo e dedicação à camisola. As equipas de futebol são hoje em dia autênticas firmas e como tal têm que dar lucros para se manterem em funcionamento. O treinador que alcança vitórias, que conquista campeonatos e que enche estádios é um treinador que qualquer dirigente futebolístico ambiciona para a sua equipa. A melhor técnica de comunicação que um treinador pode levar a cabo a fim de ser apreciado pela direção do seu clube é “oferecer” vitórias e lucros chorudos. Desta forma, os bónus desportivos que a aposta no treinador implicou serão únicos para qualquer direção.

O restante pessoal técnico também precisa de ser conquistado

Tal como num navio movido a remos também numa equipa de futebol é preciso que todos remem na mesma direção e ao mesmo ritmo para que a jornada seja proveitosa e o bom porto seja alcançado. Alcançar o respeito de jogadores e dirigentes é indispensável, mas granjear a admiração e garantir a fidelidade dos demais técnicos do clube é também fundamental. Uma equipa de futebol movimenta uma grande quantidade de pessoal desde massagistas, médicos, psicólogos, cozinheiros, jardineiros, auxiliares de limpeza e outros elementos indispensáveis ao bom funcionamento da equipa. Um bom treinador sabe-se fazer respeitar por todos eles.

Saber comunicar não implica ser subserviente

É errado pensar que para se fazer admirado o treinador tenha que adotar uma atitude servil em relação aos outros membros da equipa. Muito pelo contrário! A subserviência nunca é a melhor estratégia para granjear o respeito de ninguém. Firmeza, sentido de justiça, honestidade e frontalidade são os valores mais apreciados no mundo varonil do futebol. Não há necessidade de sorrisos permanentes no rosto, nem de palavras melosas ou modos afetados. Há necessidade de exemplos determinados e de incentivos enérgicos.

Nunca pedir o que não se é capaz de dar

Se por exemplo o treinador exige que os seus jogadores corram às duas horas da manhã, é bom que também ele esteja na primeira linha de corrida. Se o treinador exige resistência ao frio e à chuva é preciso que também ele treine debaixo da chuva e enfrente o frio. Os jogadores de futebol tal como todas as pessoas, aprendem mais pelo exemplo do que pelas palavras. Tenacidade, empenho e esforço só podem ser cobrados por alguém que também os sabe dar.
Um treinador de futebol pode mudar o rumo de uma equipa. Grandes treinadores fazem grandes equipas e deixam a sua marca gravada nos clubes por onde passam. Competência profissional, sabedoria, carisma pessoal e profundo conhecimento da psicologia humana fazem toda a diferença. Claro que ter uma equipa forte e composta por bons jogadores facilita muito a tarefa de qualquer treinador mas é preciso ter-se talento e muito espírito de sacrifício para se triunfar no competitivo mundo do futebol.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O que é um jogador em fase de maturação

Um atleta não nasce na máxima força física. É algo que vai sendo preparado e com muito treino. Diz-se que um jogador de futebol se encontra em fase de maturação quando as dimensões do corpo afetam o seu desempenho. Os jogadores têm diferentes fases de maturação e é na fase da adolescência que tal tem maior efeito no seu papel em campo. É nesta fase de maturação que alguns jogadores têm um desenvolvimento precoce e se tornam mais fortes face aos que só atingem o auge mais tarde.

O processo de formação

O processo de formação do jogador de futebol é longo e complexo. Tem muitas etapas de treino e vão sendo sujeitos a várias fases de seleção, conforme a sua evolução e perspetiva de talento em bruto. A maturação existe em todas as idades, pois o auge físico e psicológico não é o mesmo em nenhuma fase da carreira. Um futebolista de 20 anos não terá a mesma maturação que um de 30 que está em fim de carreira. Contudo, o auge dessa maturação pode ocorrer aos 23, como aos 25 ou noutra idade qualquer. Varia de jogador para jogado e apesar de todos os estudos não há uma fórmula exata para calcular isso.

Quando um atleta é muito jovem, tem talento, mas uma postura irresponsável  ou explode com facilidade em campo, diz-se que ainda está em maturação. Há outros que têm uma excelente força psicológica e maturidade mental, mas fisicamente não conseguem acompanhar essa evolução e podem nunca vir a ser extraordinários.

Principal fase de maturação

Uma das etapas mais importantes dentro deste processo de maturação é a especialização, que ocorre entre 13 e 16 anos. Nestas idades ocorrem os principais processos de seleção dos atletas e há um aumento da carga e da especificidade dos treinos. A exigência é maior, o rigor dos horários cresce, tal como a intensidade e número de sessões semanais.

É igualmente nesta fase que se divide os jogadores, ou seja, em que se selecionam os que vão conseguir singrar e ter uma carreira no futebol. Só poucos vão chegar a clubes e tornarem-se jogadores.

É também nesta etapa que os jovens passam a adolescentes e atingem a mais importante fase de maturação, a de aceleração do crescimento. E isto não afeta todos da mesma maneira, pois há uns mais precoces e outros mais tardios.

Quais os preferidos?

Quem se desenvolve cedo tem uma vantagem física momentânea, parecendo muito superiores aos que estão a desenvolver-se mais lentamente e que têm aquele auge de forma tardia. Contundo, os atletas de maturação tardia têm uma grande vantagem na hora de serem escolhidos por um clube, porque quer dizer que o melhor ainda está para vir. Quem atinge o auge cedo não terá mais para evoluir, enquanto os tardios podem ser trabalhados pelo clube e terão um salto qualitativo a cada ano, pelo que quando atingirem o auge desportivo estarão com outra maturidade de estilo de jogo e melhor performance desportiva.

Muitos estudos dizem que os treinadores ainda querem atletas mais maduros, acontecendo várias vezes que os atletas com potencial acabam excluídos por terem uma desvantagem física momentânea. Algo que no futuro desaparece. 


terça-feira, 26 de maio de 2015

O que leva um treinador de futebol a mudar de tática ao longo de um jogo

São diversas as razões que poderão levar um treinador de futebol a alterar o seu esquema tático ao longo de um determinado jogo. Ao longo do decurso da história deste desporto, foram criados vários tipos de posições, assim como esquemas táticos (uns mais ofensivos que outros, de forma a possibilitar a possibilidade de atacar e defender com a mesma eficácia. Existem 3 tipos de táticas no futebol: as individuais, as de grupo e as de distribuição. No entanto, também existem alguns acontecimentos que surgem durante a partida que levam os treinadores a alterarem a sua tática, tais como:

1. O golo do adversário

A posse de bola é importante, mas às vezes basta um golo para alterar a dinâmica do jogo e a motivação da equipa adversária. Esta é uma ocorrência que acontece com uma maior frequência e leva a alterações na equipa.

2. Lesão de um jogador

Em determinados jogos opta-se por um único jogador numa determinada posição. Por exemplo, se só se dispõe de um ponta de lança e ele sofre uma lesão no decorrer da partida, a tática 4x3x3 torna-se, quase sempre, impraticável. Isto se não for readaptado um jogador que ocupa outra posição no terreno de jogo. Por exemplo, o Real Madrid e até a Seleção de Portugal jogam muitas vezes com Cristiano Ronaldo sozinho na frente de ataque, apesar de CR7 não ser ponta de lança de raiz.

3. A abundância ou a escassez de jogadores

Em certas alturas, o excesso de jogadores, em determinadas posições no campo, poderá condicionar a tática a utilizar e até a movimentação da própria equipa durante uma situação de ataque ou de defesa da mesma.

4. Rendimento dos jogadores

Se no decorrer de um jogo o treinador verifica que certos atletas demonstram um desempenho muito positivo, pode ser conduzido a modificar o esquema tático de modo a utilizar da melhor maneira as suas competências. Se por acaso acontecer o contrário, e o desempenho for muito negativo, é aconselhável alterar igualmente o modo de jogo, por forma a selecionar outros jogadores com mais ânimo e empenho na partida

5. Alterações climáticas

As condições meteorológicas em certas alturas do ano são difíceis de prever e basta chover durante um jogo para ser motivo para uma mudança tática. O terreno torna-se mais “pesado” o que poderá permitir tirar proveito de jogadores mais fortes em termos físicos. Por outro lado, a eleição de uma tática mais ajustada ao coletivo também favorece um futebol mais apoiado e defensivo.

6. Ineficácia da tática adotada

Há ocasiões em que as ideias do técnico não são compreendidas pelos jogadores. Nesta situação, é aconselhável modificar o sistema tático e optar por movimentos mais familiares para os jogadores.

7. Tática inesperada por parte do adversário

O futebol é um jogo em que os movimentos da equipa adversária são essenciais para a criação do próprio sistema tático. No entanto, independentemente do favoritismo que é atribuído pelas casas de apostas ou comunicação social, as equipas de futebol estão constantemente a ser surpreendidas pelas táticas das equipas que são, teoricamente, mais fracas. É aí que reside a beleza do desporto-rei.
Um treinador poderá ter um sistema tático já definido com os jogadores, colocá-lo em campo e, no decorrer da partida, verificar que afinal o adversário é eficiente o suficiente para desagrupar totalmente este esquema, tornando-o ineficaz. Nesta situação, é imprescindível alterar o mais rapidamente possível, de maneira a opor-se ao adversário da melhor forma possível.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O futebol como entidade formadora

O futebol é o desporto mais popular do Brasil. Em quase toda a parte podemos ver meninos – e meninas – a correr atrás de uma bola. Houve uma altura em que apesar de popular, este desporto não era tido como um bom meio de vida e era visto até como coisa de desocupado. Hoje em dia, vemos pessoas riquíssimas através do futebol, com salários muito altos. Certo, não é toda a gente que enriquece a viver à custa do futebol. Mas, a verdade é que existe muitas pessoas que são salvas graças ao futebol. Afinal, qual a importância dessa prática desportiva na formação de crianças, adolescentes e até adultos? O que se pode aprender com isso?

1. Dedicação e persistência

A primeira coisa que se pode evidenciar é disciplina e dedicação. Se um jogador quer se destacar, não basta ter talento, é preciso ter perseverança. É preciso treinar e treinar e treinar. Treinamento é repetição, é fazer e fazer de novo. Persistência! Não adianta ser um grande driblador se não houver precisão no remate ou no passe, portanto, é preciso treinar estas habilidades. Fora os problemas que podem aparecer como, por exemplo, lesões, que exigem um tempo de recuperação e novamente dedicação e disciplina durante o tratamento para conseguir se restabelecer completamente.

2. Obediência às normas

Outra coisa que se pode destacar é outro tipo de disciplina, no sentido de obediência às regras. A criança que começa a aprender a jogar futebol tem de entender o valor das normas do desporto em si e da convivência com os seus colegas. Vai aprender que não pode agir com violência com um colega durante o jogo ou fora dele, ou então será punido em termos disciplinares. Vai entender que nem sempre é bom estar à frente dos seus adversários – ou estará impedido – de aprender sobre a humildade. Estará mais preparado, enfim, para a convivência social, que assim como no desporto, possui um sistema normativo próprio.

3. Espírito de grupo

Depois de falar em convivência social, há outro detalhe que deve ser destacado: espírito de grupo. Um jogador sozinho não ganha um jogo – um contra onze seria no mínimo complicado, mesmo para um craque como Messi, Cristiano Ronaldo ou Neymar -, é preciso haver uma coordenação entre defesa, meio campo e ataque. O indivíduo aprende através do desporto a importância de unir-se aos outros para alcançar objetivos em comum. Exemplo famoso desses factos foi a “Família Scolari”, como ficou conhecida a seleção Brasileira que foi campeã em 2002, sob o comando agregador de Luiz Felipe Scolari, que promoveu uma união tão grande entre os jogadores e comissão técnica que fez jus ao nome de “Família”.

4. Cuidados com a saúde

Não se deve esquecer, é claro, da aprendizagem sobre o que é uma vida saudável. Os desportistas são, normalmente, orientados – e até obrigados – a ter uma alimentação balanceada e ideal para a manutenção de uma boa saúde. Além disso, aprendem que a própria prática de exercícios físicos é essencial para ter um corpo e uma mente sã.

5. Esperança de uma vida melhor

Por último, mas não menos importante, o futebol resgata vidas. Os projetos sociais que usam este desporto como um meio de integração têm obtido bons resultados. É o caso, por exemplo, da Fundação Gol de Letra, fundada pelos ex-jogadores Leonardo e Raí. Essa Organização Não Governamental, no Rio de Janeiro, tem a sua sede localizada no complexo do Caju, uma das regiões mais violentas da cidade e tem feito maravilhas com atividades desportivos e incentivos à educação. Há inclusive relatos de muitas crianças que melhoraram o seu desempenho escolar depois de frequentarem a instituição. Outros jogadores conhecidos também fundaram instituições, como Zico, Assis e Ronaldinho Gaúcho, e fazem igualmente bons trabalhos em comunidades carentes.
Pode-se concluir que o futebol não é coisa para desocupado, é uma grande escola, onde se aprende sobre dedicação, respeito, espírito de equipa e também sobre a importância de uma vida saudável. Além disso, é um importantíssimo instrumento na guerra contra a miséria, exclusão social e a violência que acometem muitos lugares do Brasil e do Mundo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O que determina um bom banco de suplentes

Foi no início do ano de 2013 que a FIFA, Federação Internacional de Futebol Associado, decretou uma mudança importante no que diz respeito ao número de jogadores no banco de reservas. A emenda indica o aumento de sete para doze jogadores suplentes, porém, o número máximo de substituições continua o mesmo, três por partida.

Este facto, além de produzir efeitos na estrutura do campo, como a acoplagem de mais bancos nas áreas destinadas às reservas, modificou também os critérios para se constituir um bom banco de suplentes, pois as opções são maiores e a responsabilidade do técnico em fazer as escolhas certas também aumentou. No entanto, esse aumento pode ser considerado positivo para as equipas e jogadores, já que haverá ainda mais disputa para uma vaga no banco, elevando o nível dos jogadores.
Apesar da possível melhoria trazida pela emenda, ela ainda não teve muita influência nos jogos no Brasil, já que os clubes já se haviam acostumado com os sete jogadores reservas. Além disso, as mudanças estruturais para agregar doze jogadores pediam obras que não estavam ainda nos planos. Portanto, o número de suplentes pode ser de até doze jogadores, o que não impede os clubes brasileiros de continuarem o seu tradicionalismo, dos sete reservas, até porque muitos clubes não possuem um elenco de 12 bons jogadores para integrar o banco. Após ponderar essas questões, vale lembrar agora alguns pontos que influenciam na escolha de um bom banco de reservas:

1. A preparação

Os jogadores reservas, assim como os titulares, devem estar bem preparados para integrar ao jogo a qualquer momento, isso depende de um bom condicionamento físico e mental por parte do jogador.

2. A experiência

É um requisito que faz diferença principalmente em jogos importantes. Qualquer lesão ou problema que ocorra nos jogadores titulares durante o jogo deve conseguir ser revertido, por isso, ter uma pessoa experiente no banco de reservas para conduzir as rédeas com controle e calma em horas decisivas é imprescindível.

3. A sintonia entre jogadores

A sintonia dos reservas com os demais jogadores também é fundamental para que as substituições realmente sejam eficientes, fazendo com que a equipa continue entrosada. Esse ponto requer treinos conjuntos, com titulares e reservas.

4. A disciplina

O comportamento de um jogador também é um diferencial na escolha do banco de suplentes. Atitudes como o cumprimento de horários, boa conduta pessoal e profissional contam muitos pontos.

5. O espírito de equipa

É necessário para um jogador reserva prezar pelo bom andamento da equipa, aceitando os momentos em que ficará apenas assistindo o jogo e brilhando nos momentos em que pode contribuir para um melhor andamento.
Enfim, as qualificações de um jogador reserva são correspondentes às de um titular e isso pede que todos os jogadores, reservas e titulares, estejam num nível muito similar. Portanto, a escolha de um banco de reservas é tão complicada quanto a escolha dos titulares de um jogo, e varia de acordo com cada partida. Assim, cada técnico deve avaliar as possibilidades, que agora podem ser maiores, e torcer por uma escolha certeira tanto no campo como no banco de reservas.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A importância de ser campeão nos escalões de formação

O investimento na formação é algo de cada vez mais importante para os clubes de futebol profissional, uma vez que as verbas investidas são cada vez maiores e a aquisição de atletas de alto rendimento é por vezes incomportável. Assim, o investimento em academias ou escolas de formação de jogadores pode trazer dividendos importantes, tanto em termos financeiros como de projeção da imagem do clube. De seguida, apontamos aquelas que consideramos ser as sete mais importantes vantagens de investir na formação e na conquista de títulos nos escalões jovens.

1. Preparar jogadores para as equipas seniores

Os escalões de formação funcionam como verdadeiras “fábricas” de atletas. Mas no caso de esses atletas serem campeões, mais importante será esse contributo. Na verdade, esse manancial de jogadores de qualidade é desde logo uma garantia de futuras conquistas.

2. Preparar os jogadores para a pressão da alta competição

Incutindo um espírito vencedor desde cedo. Ao construir uma equipa com ambições de conquista de títulos nacionais, o clube está a preparar os jogadores para as mais altas exigências. Trata-se assim, não só da formação de atletas como também da formação de jogadores de alto nível. Assim, eles estarão melhor preparados para lidar com a pressão de vencer imposta pelas notícias veiculas na comunicação social, pelo favoritismo atribuído pelas casas de apostas e, principalmente, pelos desejos dos adeptos.

3. Fomentar a dinâmica de vitória

Elevando padrões de exigência. Umas das componentes essenciais de uma equipa campeã é a existência de uma dinâmica de grupo muito forte, com coesão nas relações interpessoais e com um índice de motivação sempre colocado nos patamares mais elevados. Para que essa condição se cumpra é fundamental que a dinâmica de vitória comece precisamente na conquista de títulos nos escalões jovens.

4. Expandir o nome do clube

Melhorando a sua imagem, projetando-se como clube ganhador. Se o clube se destaca desde logo na conquista de títulos jovens, ele terá mais facilidade em construir uma imagem de sucesso com todas as consequências que daí advêm em termos de projeção internacional. Por exemplo, essa projeção pode refletir-se em melhores contratos financeiros, no acesso a investimentos de marketing, naming ou de patrocínios.

5. Diminuir, a médio e longo prazo, as verbas destinadas a reforços

Quanto mais o clube investir na conquista de títulos jovens menos verbas terá de despender no futuro para a contratação de jogadores de qualidade. Ao mesmo tempo, esta estratégia pode proporcionar ao clube receitas extraordinárias através da venda de passes de atletas. A formação de um grande número de atletas com sucesso nos escalões jovens pode funcionar como uma importante fonte de receitas pois sempre haverá muitos clubes interessados nos respetivos jogadores.

6. Afirmar e reforçar a função do clube como fornecedor de um serviço público

Formar campeões jovens é também uma forma de afirmar e reforçar a função do clube como fornecedor de um serviço público, nessa importante função social que é a de oferecer aos jovens a prática do desporto e meios saudáveis de conduzir a juventude ao sucesso.

7. Aumentar o número de adeptos e associados do clube

A conquista de títulos jovens proporciona um incremento da imagem e projeção do clube, proporcionando um considerável aumento do número de sócios e simpatizantes. Nenhum clube de grande dimensão consegue atingir os seus objetivos sem uma boa implantação no meio. A formação de jogadores campeões e sem dúvida uma das melhores formas de reforçar essa ligação entre o clube e o meio em que está inserido.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O que é a mística dos clubes de futebol

É muito difícil definir o que se entende por mística de um clube; trata-se de um conceito teórico, quase abstrato e que depende muito do entendimento que dele fazem os adeptos de cada clube.
Mesmo assim, é possível afirmar que a Mística é constituída pelo conjunto de valores emocionais que ligam os adeptos ao seu clube. Por outras palavras, é o clubismo no seu aspeto mais emocional e intenso.

Como avaliar a mística de um clube de futebol

Se é difícil definir este conceito, não é mais fácil avaliá-lo. Afinal de contas, como se pode medir e avaliar a mística de um clube? Em termos concretos, talvez se possam selecionar alguns itens que nos ajudem a compreender a dimensão da mística de um clube:
  • O número de adeptos que se reflete, de forma mais específica, no número de associados
  • A capacidade de encher estádios nos jogos “fora de casa”
  • A facilidade de venda de produtos de merchandising, desde camisolas a assinaturas de um eventual canal de televisão próprio
  • A implantação do clube junto de personalidades VIP e líderes de opinião a nível nacional e internacional
  • A quantidade de jogadores habitualmente selecionados para representar o seu país
  • A capacidade de penetração do clube entre os adeptos mais jovens, ou seja nas escolas, entendidas não só como meios de captação de adeptos como também de atletas
Tudo isto, obviamente, representa um enorme poder simbólico mas também, acima de tudo, uma grande capacidade em gerar receitas. Este é, sem dúvida, o aspeto mais decisivo da vida dos grandes clubes e se a mística não for determinante para ganhar títulos desportivos e grandes receitas, ela de pouco valerá.

Incrementar a mística num clube de futebol

Incrementar a mística equivale a incrementar a quantidade e a qualidade dos adeptos. Assim, convém responder a esta simples questão: como incrementar a mística de um clube? Podemos identificar alguns itens que nos ajudarão a esboçar uma resposta:
  • Aumentando o marketing do clube criando uma imagem própria e inconfundível do clube. Este deve passar aos adeptos uma imagem conquistadora, vencedora, que faça apelo aos mais profundos valores emocionais. Para além dos meios tradicionais de promoção e marketing (outdoors, cartazes, etc.) deve ser empreendida uma campanha permanente de contacto direto com a população, organizando conferencias, eventos culturais, desportivos ou outros que congreguem a população local em torno do clube.
  • Desenvolvendo campanhas fortemente direcionadas para o público mais jovem; os mais jovens são aqueles que fornecerão a maioria dos adeptos e mesmo dos atletas do futuro. O clube deve facilitar o acesso dos jovens aos seus jogos e promover iniciativas atrativas para esta faixa etária.
  • Desenvolvendo estratégias profissionais e diversificadas de envolvimento da comunicação social na vida do clube. Livros, revistas, jornais, programas de rádio e televisão, devem ser veículos de promoção permanente do clube.
  • Promovendo a vida empresarial do clube, diversificando investimentos ao nível da SAD. O clube deve também recorrer o mais possível a parcerias com empresas bem implantadas na região que veicularão assim uma imagem positiva do clube.
  • Projetando a imagem do clube no estrangeiro, através da participação em torneios e outros eventos, bem como da contratação de atletas que promovam essa mesma imagem.