segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A profissionalização dos árbitros de futebol em Portugal

A profissionalização dos árbitros portugueses de futebol pretende aprofundar determinadas funções e competências na formação de um juiz de uma determinada partida do desporto-rei, tornando-o, assim, apto a realizar determinadas tarefas e atividades da forma mais correta que a profissão exige. Muitas vezes, os jogos decidem-se devido a erros primários dos árbitros de futebol e isso nunca deveria acontecer a bem da verdade desportiva!
A profissionalização dos árbitros portugueses visa assim criar ferramentas e métodos necessários para que estes sejam reconhecidos como profissionais e para que pratiquem a arbitragem da melhor forma possível.

A profissionalização dos árbitros portugueses de futebol

Esta profissionalização necessita de passar por algumas etapas, assim como a escolha dos árbitros e a satisfação de objetivos.

Implementação do programa destinado à profissionalização dos árbitros portugueses

O programa destinado à profissionalização dos árbitros portugueses iniciou-se recentemente e encontra-se, neste momento, na primeira fase, onde a Federação Portuguesa de Arbitragem (FPF) dispõe de 150 mil euros para o arranque da profissionalização dos árbitros portugueses.
Segundo a FPF, a primeira parte do projeto deverá estar concluída até ao final da época 2013/2014, no entanto, o projeto será implementado na totalidade num período de cerca de três anos.

Primeiros árbitros a serem profissionalizados

Para a primeira fase do processo de profissionalização, serão escolhidos nove árbitros de futebol. São eles:
  • Olegário Benquerença
  • Pedro Proença
  • Duarte Gomes
  • Carlos Xistra
  • Marco Ferreira
  • Jorge Sousa
  • João Capela
  • Artur Soares Dias
  • Hugo Miguel
Estes nove árbitros, que serão os pioneiros da profissionalização dos árbitros portugueses, irão receber um salário que rondará os 2500 euros a título de prestação de serviços, isto é, a recibos verdes, onde irá ser acrescido a este salário as verbas que já eram recebidas por prémios de jogo, assim como, o patrocínio de jogo.

Objetivo principal da profissionalização dos árbitros portugueses

Por darem início a este processo de profissionalização, espera-se que os erros de arbitragem diminuam, já que novas ferramentas e métodos serão incluídos na formação dos mesmos.
Antes de se pensar no projeto de profissionalização existiam muitos entraves identificados pelos árbitros que os impediam de progredir na carreira: falta de tempo, dificuldades de progressão na carreira fora de Portugal ou até mesmo falta de tempo para treinar, uma vez que o seu tempo era dividido entre o trabalho do dia-a-dia, mais a arbitragem dos jogos e os treinos envolvidos.
Pretende-se com este modelo de profissionalização que os árbitros possam dedicar-se mais à carreira de arbitragem no futebol, já que as 163 horas de treino vão passar a 300 horas, obrigando-os assim a preparar melhor os jogos e as equipas. Espera-se que esta profissionalização e aumento do número de horas de treino baixe, de forma considerável, os erros de arbitragem.

Implementação do projeto

Prevê-se que o projeto de profissionalização esteja implementado em 3 anos. Até 30 de Maio de 2014, os 9 árbitros pioneiros na profissionalização vão treinar durante mais tempo, com dois treinos semanais cuja duração será de 14 a 18 horas.
Na próxima época, prevê-se um aumento de árbitros profissionalizados, de 12 a 14 árbitros, e para o ano de 2016, 18 a 20 árbitros. Estes passarão também a ter uma lista de assistentes e aumento da duração dos treinos.