segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O que determina um bom banco de suplentes

Foi no início do ano de 2013 que a FIFA, Federação Internacional de Futebol Associado, decretou uma mudança importante no que diz respeito ao número de jogadores no banco de reservas. A emenda indica o aumento de sete para doze jogadores suplentes, porém, o número máximo de substituições continua o mesmo, três por partida.

Este facto, além de produzir efeitos na estrutura do campo, como a acoplagem de mais bancos nas áreas destinadas às reservas, modificou também os critérios para se constituir um bom banco de suplentes, pois as opções são maiores e a responsabilidade do técnico em fazer as escolhas certas também aumentou. No entanto, esse aumento pode ser considerado positivo para as equipas e jogadores, já que haverá ainda mais disputa para uma vaga no banco, elevando o nível dos jogadores.
Apesar da possível melhoria trazida pela emenda, ela ainda não teve muita influência nos jogos no Brasil, já que os clubes já se haviam acostumado com os sete jogadores reservas. Além disso, as mudanças estruturais para agregar doze jogadores pediam obras que não estavam ainda nos planos. Portanto, o número de suplentes pode ser de até doze jogadores, o que não impede os clubes brasileiros de continuarem o seu tradicionalismo, dos sete reservas, até porque muitos clubes não possuem um elenco de 12 bons jogadores para integrar o banco. Após ponderar essas questões, vale lembrar agora alguns pontos que influenciam na escolha de um bom banco de reservas:

1. A preparação

Os jogadores reservas, assim como os titulares, devem estar bem preparados para integrar ao jogo a qualquer momento, isso depende de um bom condicionamento físico e mental por parte do jogador.

2. A experiência

É um requisito que faz diferença principalmente em jogos importantes. Qualquer lesão ou problema que ocorra nos jogadores titulares durante o jogo deve conseguir ser revertido, por isso, ter uma pessoa experiente no banco de reservas para conduzir as rédeas com controle e calma em horas decisivas é imprescindível.

3. A sintonia entre jogadores

A sintonia dos reservas com os demais jogadores também é fundamental para que as substituições realmente sejam eficientes, fazendo com que a equipa continue entrosada. Esse ponto requer treinos conjuntos, com titulares e reservas.

4. A disciplina

O comportamento de um jogador também é um diferencial na escolha do banco de suplentes. Atitudes como o cumprimento de horários, boa conduta pessoal e profissional contam muitos pontos.

5. O espírito de equipa

É necessário para um jogador reserva prezar pelo bom andamento da equipa, aceitando os momentos em que ficará apenas assistindo o jogo e brilhando nos momentos em que pode contribuir para um melhor andamento.
Enfim, as qualificações de um jogador reserva são correspondentes às de um titular e isso pede que todos os jogadores, reservas e titulares, estejam num nível muito similar. Portanto, a escolha de um banco de reservas é tão complicada quanto a escolha dos titulares de um jogo, e varia de acordo com cada partida. Assim, cada técnico deve avaliar as possibilidades, que agora podem ser maiores, e torcer por uma escolha certeira tanto no campo como no banco de reservas.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A importância de ser campeão nos escalões de formação

O investimento na formação é algo de cada vez mais importante para os clubes de futebol profissional, uma vez que as verbas investidas são cada vez maiores e a aquisição de atletas de alto rendimento é por vezes incomportável. Assim, o investimento em academias ou escolas de formação de jogadores pode trazer dividendos importantes, tanto em termos financeiros como de projeção da imagem do clube. De seguida, apontamos aquelas que consideramos ser as sete mais importantes vantagens de investir na formação e na conquista de títulos nos escalões jovens.

1. Preparar jogadores para as equipas seniores

Os escalões de formação funcionam como verdadeiras “fábricas” de atletas. Mas no caso de esses atletas serem campeões, mais importante será esse contributo. Na verdade, esse manancial de jogadores de qualidade é desde logo uma garantia de futuras conquistas.

2. Preparar os jogadores para a pressão da alta competição

Incutindo um espírito vencedor desde cedo. Ao construir uma equipa com ambições de conquista de títulos nacionais, o clube está a preparar os jogadores para as mais altas exigências. Trata-se assim, não só da formação de atletas como também da formação de jogadores de alto nível. Assim, eles estarão melhor preparados para lidar com a pressão de vencer imposta pelas notícias veiculas na comunicação social, pelo favoritismo atribuído pelas casas de apostas e, principalmente, pelos desejos dos adeptos.

3. Fomentar a dinâmica de vitória

Elevando padrões de exigência. Umas das componentes essenciais de uma equipa campeã é a existência de uma dinâmica de grupo muito forte, com coesão nas relações interpessoais e com um índice de motivação sempre colocado nos patamares mais elevados. Para que essa condição se cumpra é fundamental que a dinâmica de vitória comece precisamente na conquista de títulos nos escalões jovens.

4. Expandir o nome do clube

Melhorando a sua imagem, projetando-se como clube ganhador. Se o clube se destaca desde logo na conquista de títulos jovens, ele terá mais facilidade em construir uma imagem de sucesso com todas as consequências que daí advêm em termos de projeção internacional. Por exemplo, essa projeção pode refletir-se em melhores contratos financeiros, no acesso a investimentos de marketing, naming ou de patrocínios.

5. Diminuir, a médio e longo prazo, as verbas destinadas a reforços

Quanto mais o clube investir na conquista de títulos jovens menos verbas terá de despender no futuro para a contratação de jogadores de qualidade. Ao mesmo tempo, esta estratégia pode proporcionar ao clube receitas extraordinárias através da venda de passes de atletas. A formação de um grande número de atletas com sucesso nos escalões jovens pode funcionar como uma importante fonte de receitas pois sempre haverá muitos clubes interessados nos respetivos jogadores.

6. Afirmar e reforçar a função do clube como fornecedor de um serviço público

Formar campeões jovens é também uma forma de afirmar e reforçar a função do clube como fornecedor de um serviço público, nessa importante função social que é a de oferecer aos jovens a prática do desporto e meios saudáveis de conduzir a juventude ao sucesso.

7. Aumentar o número de adeptos e associados do clube

A conquista de títulos jovens proporciona um incremento da imagem e projeção do clube, proporcionando um considerável aumento do número de sócios e simpatizantes. Nenhum clube de grande dimensão consegue atingir os seus objetivos sem uma boa implantação no meio. A formação de jogadores campeões e sem dúvida uma das melhores formas de reforçar essa ligação entre o clube e o meio em que está inserido.